2 Coríntios 11. Tema: Sofrimentos pastorais e certezas ministeriais.

•  “Porque zelo por vós com zelo de Deus; visto que vos tenho preparado para vos apresentar como virgem pura a um só esposo, que é Cristo. Mas receio que, assim como a serpente enganou a Eva com a sua astúcia, assim também seja corrompida a vossa mente e se aparte da simplicidade e pureza devidas a Cristo. Se, na verdade, vindo alguém, prega outro Jesus que não temos pregado, ou se aceitais espírito diferente que não tendes recebido, ou evangelho diferente que não tendes abraçado, a esse, de boa mente, o tolerais.” (2Co 11:2-4 RA)

          O zelo pastoral é desafiador para quem foi chamado por Deus, afinal, nós pastores, tomamos conta de ovelhas que não são nossas, mas que temporariamente estão sob nosso cuidado. Esta realidade, por vezes é muito desgastante e geradora de tristeza, sofrimento e desejo de parar, principalmente quando não somos ouvidos por aqueles por quem oramos, aconselhamos, nos preocupamos e as vezes ficamos até sem dormir, comer (jejuando) e nos desgastando.

• “Para vós outros, ó coríntios, abrem-se os nossos lábios, e alarga-se o nosso coração. Não tendes limites em nós; mas estais limitados em vossos próprios afetos.” (2Co 6:11-12 RA)
• “Quem enfraquece, que também eu não enfraqueça? Quem se escandaliza, que eu não me inflame?” (2Co 11:29 RA)

          O interessante é que parte das pessoas que nos chamam de “pastores” e dizem nos amar, não nos consideram como deveriam, antes, falam negativamente de nós, são indiferentes as nossas orientações e de pronto, deixam o rebanho sem dar satisfações e seguem aqueles que nem sabem que elas existem, machucando-nos e desmotivando-nos a continuar a acreditar que valha a pena a missão.

• “Se, na verdade, vindo alguém, prega outro Jesus que não temos pregado, ou se aceitais espírito diferente que não tendes recebido, ou evangelho diferente que não tendes abraçado, a esse, de boa mente, o tolerais.” (2Co 11:4 RA)

          Diante de realidades assim, o que nos faz continuar? O que nos faz não dar “um chute no pau da barraca” e deixar a missão? Um “peso” de responsabilidade que está sobre nossos ombros, pois nos sentimos devedores, pois um dia Jesus nos salvou e chamou para cuidar do Seu rebanho.

•  “Se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois sobre mim pesa essa obrigação; porque ai de mim se não pregar o evangelho!” (1Co 9:16 RA)
• “Porque zelo por vós com zelo de Deus; visto que vos tenho preparado para vos apresentar como virgem pura a um só esposo, que é Cristo.” (2Co 11:2 RA)

        A igreja de Corinto tinha especialistas em ferir seus líderes, mas, mesmo assim, Paulo de bom grado continuou a fazer o que deveria, pois sabia quem o havia chamado e qual missão deveria cumprir.

• “Eu de boa vontade me gastarei e ainda me deixarei gastar em prol da vossa alma. (2Co 12:15 a)

        Outro fator motivante a perseverarmos como pastores é que existem aqueles que estarão por perto, mesmo quando não tivermos mais nada para dar ou ser sugado.

• “Procura vir ter comigo depressa. Porque Demas, tendo amado o presente século, me abandonou e se foi para Tessalônica; Crescente foi para a Galácia, Tito, para a Dalmácia. Somente Lucas está comigo. Toma contigo Marcos e traze-o, pois me é útil para o ministério.” (2Tm 4:9-11 RA)

          Ao ouvir ou ler 2 Coríntios 11 observe com atenção os detalhes da "alma de Paulo" e perceba que o ministério pastoral é desafiador e as vezes desmotivador, mas não fique com pena de nós, afinal fazemos isso de bom grado, pois sabemos em quem temos crido e que os sofrimentos do tempo presente não se comparam com a glória do porvir a ser revelada.

•  “Porque, assim como os sofrimentos de Cristo se manifestam em grande medida a nosso favor, assim também a nossa consolação transborda por meio de Cristo. Mas, se somos atribulados, é para o vosso conforto e salvação; se somos confortados, é também para o vosso conforto, o qual se torna eficaz, suportando vós com paciência os mesmos sofrimentos que nós também padecemos.” (2Co 1:5-6 RA)
•  “Porque, no meio de muitos sofrimentos e angústias de coração, vos escrevi, com muitas lágrimas, não para que ficásseis entristecidos, mas para que conhecêsseis o amor que vos consagro em grande medida.” (2Co 2:4 RA)
•  “Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós.” (Rm 8:18 RA)
• “Não te envergonhes, portanto, do testemunho de nosso Senhor, nem do seu encarcerado, que sou eu; pelo contrário, participa comigo dos sofrimentos, a favor do evangelho, segundo o poder de Deus, que nos salvou e nos chamou com santa vocação; não segundo as nossas obras, mas conforme a sua própria determinação e graça que nos foi dada em Cristo Jesus, antes dos tempos eternos, e manifestada, agora, pelo aparecimento de nosso Salvador Cristo Jesus, o qual não só destruiu a morte, como trouxe à luz a vida e a imortalidade, mediante o evangelho, para o qual eu fui designado pregador, apóstolo e mestre e, por isso, estou sofrendo estas coisas; todavia, não me envergonho, porque sei em quem tenho crido e estou certo de que ele é poderoso para guardar o meu depósito até aquele Dia.” (2Tm 1:8-12 RA)