7 de dez. de 2023

1 Coríntios 12. Tema: Interdependência planejada.

  •  “Não podem os olhos dizer à mão: Não precisamos de ti; nem ainda a cabeça, aos pés: Não preciso de vós. (1Co 12:21)

             Dependência, independência e interdependência, são palavras que representam conceitos, mas também níveis de maturidade espiritual e emocional. A dependência nos fala da infância, quando sem o outro morreríamos. A independência é a adolescência que nos faz pensar e agir como se não precisássemos do outro. A interdependência é a maturidade quando percebemos que embora tenhamos “autonomia”, precisaremos agir coordenadamente e cooperativamente.

            Na infância nossas mãos estão estendidas para receber. Na adolescência, estão cerradas para reclamar e brigar, já na maturidade estão prontas para cooperar, por isso damos e recebemos, cumprindo-se o ditado popular, “ uma mão lava a outra e as duas lavam o corpo”.

Paulo, inspirado pelo Espírito Santo,  procura conscientizar os cristãos que no corpo de Cristo todos são importantes e que é na “justa cooperação das partes que o corpo cresce o crescimento que procede de Deus”, “... todo o corpo, suprido e bem vinculado por suas juntas e ligamentos, cresce o crescimento que procede de Deus.” (Cl 2:19 RA)

É importante que o próprio Deus procurou criar esta sinergia, para que ninguém se ache inferior ou superior ao outro,  “Pelo contrário, os membros do corpo que parecem ser mais fracos são necessários; e os que nos parecem menos dignos no corpo, a estes damos muito maior honra; também os que em nós não são decorosos revestimos de especial honra. Mas os nossos membros nobres não têm necessidade disso. Contudo, Deus coordenou o corpo, concedendo muito mais honra àquilo que menos tinha, para que não haja divisão no corpo; pelo contrário, cooperem os membros, com igual cuidado, em favor uns dos outros. De maneira que, se um membro sofre, todos sofrem com ele; e, se um deles é honrado, com ele todos se regozijam.” (1Co 12:22-26 RA)

Peça a Deus e busque amadurecer. Observe sua idade espiritual e emocional e procure viver coerentemente ao tempo fé decorrido. Entenda que na infância espiritual é normal e bom termos quem cuide de nós, para que sobrevivamos e desenvolvamos. Tenha cuidado com a adolescência e juventude espiritual e emocional, pois o vigor e a vontade de se autoafirmar podem lhe levar a ferir e machucar as pessoas que cuidaram de você e assim comprometer seu futuro, pois com certeza delas voltará a precisar. Use sua força e vigor pensando no todo(corpo) e não apenas em você. Ao chegar a maturidade se reconheça, mas também reconheça o outro, afinal, pois sem ele você não seria quem é, pois teria morrido. Seja um cooperador, mas também aceite cooperação, sem se sentir humilhado, mas também sem humilhar ninguém.

Lembre-se que Deus planejou e funcionalizou a existência da Igreja para ser cooperativa e não  competitiva. Não se veja menor e nem maior que ninguém, para que não perca a beleza de Cristo e do viver cristão e no futuro tenha uma “velhice” solitária ao invés de solidária.

 

 

 

 

 

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