Existem problemas dentro das comunidades cristãs? Sim, pois onde existirem seres humanos surgirão questões a serem resolvidas. Contudo, nosso desafio é saber como proceder da maneira justa e adequada, para que não pioremos o que já está ruim.
Alguns irmãos de Corinto estavam
procedendo de maneiras injustas, causando prejuízos uns aos outros e para
piorar a situação, ao invés de buscarem soluções para os casos dentro da própria
comunidade, levando os casos para os cristãos mais maduros julgarem, estavam buscando
análises, observações e julgamentos de pessoas que não serviam ao Senhor,
gerando assim vergonha ao Evangelho e enfraquecendo o testemunho de fé.
Estas realidades geraram
indignação em Paulo, pois como sabemos, “um erro não justifica o outro” e pedir
para incrédulos julgarem questões dos crentes era tão vergonhoso quanto
prejudicar os outros irmãos.
Diante deste erro duplo,
o apóstolo confronta a todos e traz algumas orientações que servem de padrão
também para nossos dias. Desta feita, vejamos como proceder diante de
injustiças?
- Procure ser justo em seus procedimentos e negócios. Crescer diminuindo os outros, enriquecer empobrecendo outros, subir pisando em outros, é pecado e gera mal testemunho, vergonha para o Evangelho e atrai o juízo de Deus;
- Acontecendo injustiças saiba como tratá-las biblicamente, pois a Palavra de Deus é rica em princípios e estes quando aplicados corretamente ajustarão realidades e produzirão edificação das pessoas, bom testemunho e glorificação do nome de Deus;
- Busque dentro da comunidade de fé a ajuda dos mais maduros, pois são capazes de julgar as situações com maior conhecimento e assim trazerem vereditos coerentes com os princípios do Reino de Deus;
- Caso seja procurado para resolver alguma demanda (disputa), seja imparcial e não se esquive. Seja um pacificador e coopere para resolver o problema de maneira bíblica, pois “os pacificadores serão chamados filhos de Deus”;
- Procure os mais experimentados dentro da igreja (seus líderes), conte o problema e busque solução dentro das “quatro linhas” do Evangelho;
- Entre ter prejuízo e prejudicar o testemunho do Evangelho, opte por ter prejuízo momentâneo e entregar a causa a Deus , o Juiz eterno, pois é imparcial, julgará retamente e fará justiça. Mas em hipótese alguma, envergonhe o Evangelho;
- Confie em Deus, pois o que é seu por direito o Senhor providenciará para que chegue em suas mãos, pois todo bem (dinheiro, coisas) mal adquirido, servirá para o mal de quem o possuir.
Não se engane e nem se deixe enganar, “Ou não
sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem
impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem
ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o
reino de Deus. Tais fostes alguns de vós; mas vós vos lavastes, mas fostes
santificados, mas fostes justificados em o nome do Senhor Jesus Cristo e no
Espírito do nosso Deus.” (1Co 6:9-11 RA)
Lembremos
das palavras do nosso Senhor: “Ai do
mundo, por causa dos escândalos; porque é inevitável que venham escândalos, mas
ai do homem pelo qual vem o escândalo! Portanto, se a tua mão ou o teu pé te
faz tropeçar, corta-o e lança-o fora de ti; melhor é entrares na vida manco ou
aleijado do que, tendo duas mãos ou dois pés, seres lançado no fogo eterno. Se
um dos teus olhos te faz tropeçar, arranca-o e lança-o fora de ti; melhor é
entrares na vida com um só dos teus olhos do que, tendo dois, seres lançado no
inferno de fogo.” (Mt 18:7-9 RA)
Em
resumo: Não proceda de maneiras injustas. Se alguém sentir-se injustiçado busque
solucionar o problema dentro da própria igreja. Se não houver justiça dentro da
igreja, sofra o dano, mas não envergonhe o Evangelho. Entregue-se ao reto Juiz
e haverá justiça plena. Agindo assim, procederá corretamente, pois “um erro,
não justifica outro”. Que o Espírito Santo nos ajude a sermos justos e praticarmos a justiça.
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