João 12. Tema: Perversidade dissimulada.

•  “ Seis dias antes da Páscoa, foi Jesus para Betânia, onde estava Lázaro, a quem ele ressuscitara dentre os mortos. 2  Deram-lhe, pois, ali, uma ceia; Marta servia, sendo Lázaro um dos que estavam com ele à mesa. 3  Então, Maria, tomando uma libra de bálsamo de nardo puro, mui precioso, ungiu os pés de Jesus e os enxugou com os seus cabelos; e encheu-se toda a casa com o perfume do bálsamo. 4  Mas Judas Iscariotes, um dos seus discípulos, o que estava para traí-lo, disse: 5  Por que não se vendeu este perfume por trezentos denários e não se deu aos pobres? 6  Isto disse ele, não porque tivesse cuidado dos pobres; mas porque era ladrão e, tendo a bolsa, tirava o que nela se lançava.” (Jo 12:1-6 RA)

 

          A pecaminosidade do ser humano faz com que mude os nomes das coisas, justifique suas práticas e principalmente use discursos aparentemente recheados de benignidade, mas que na verdade são tentativas de mascarar a perversidade de seus corações.

          Existem alguns argumentos e posturas que aparentemente sugerem razões corretas e até justificativas para determinadas atitudes, mas que na verdade são usados para esconder a verdade perante os homens, porém não conseguem êxito perante Deus, pois sonda os corações.

          Judas usou de um discurso piedoso para esconder sua perversidade, pois questionou o derramar do perfume nos pés de Jesus e disse que deveria ser vendido para ajudar os pobres, mas na verdade o que desejava era usurpar o dinheiro que fosse colocado no alforge, pois era o tesoureiro do Mestre.

          Argumentos semelhantes encontramos em pessoas que são infiéis nos relacionamentos com Deus e com o próximo, utilizando a justificativa de querer o bem da sociedade, da família e até da igreja. Alguns chegam a roubar a Deus e dizem que assim procedem por este ou aquele motivo, quando o que fazem é por serem idólatras, avarentos, maus administradores, desorganizados, amantes do dinheiro e deste mundo.

          O interessante é que tais pessoas usam argumentos que aparentam amor ao próximo, santidade de coração, piedade espiritual, zelo pela família, ou até acusam outros de serem o que são, pois dizem que algumas pessoas são ladras, quando estes roubam ao próprio Deus. Agem assim por tentarem se auto justificar, ou desviar a atenção para outros, procurando  camuflar o pecado de estimação que nutrem.

          As justificativas que você usa para suas escolhas são plausíveis perante Aquele que julga segundo a reta justiça? Ou você está se enganando, por pensar que consegue enganar os outros?

          As intensões impuras e os pecados encobertos de Judas foram trazidos à tona, pois não há nada oculto que não venha ser revelado e ninguém pode contra o tempo e a verdade. Judas foi descoberto, julgado e condenado (Jo 3:18) e assim será com todos que pensam driblar o Senhor que tudo vê.

          Pare de maquiar as deformidades do seu caráter, abandone os discursos elaborados na mente carnal sob a influência dos demônios e de homens perversos. pois mais dia menos dia tudo que está em oculto virá a tona, inclusive os segredos do coração.

• “Estes mostram a norma da lei gravada no seu coração, testemunhando-lhes também a consciência e os seus pensamentos, mutuamente acusando-se ou defendendo-se, no dia em que Deus, por meio de Cristo Jesus, julgar os segredos dos homens, de conformidade com o meu evangelho.” (Rm 2:15-16 RA)
• “Porém, se todos profetizarem, e entrar algum incrédulo ou indouto, é ele por todos convencido e por todos julgado; tornam-se-lhe manifestos os segredos do coração, e, assim, prostrando-se com a face em terra, adorará a Deus, testemunhando que Deus está, de fato, no meio de vós.” (1Co 14:24-25 RA)