- “Havendo atravessado toda a ilha até Pafos, encontraram certo judeu, mágico, falso profeta, de nome Barjesus, 7 o qual estava com o procônsul Sérgio Paulo, que era homem inteligente. Este, tendo chamado Barnabé e Saulo, diligenciava para ouvir a palavra de Deus. 8 Mas opunha-se-lhes Elimas, o mágico (porque assim se interpreta o seu nome), procurando afastar da fé o procônsul. 9 Todavia, Saulo, também chamado Paulo, cheio do Espírito Santo, fixando nele os olhos, disse: 10 Ó filho do diabo, cheio de todo o engano e de toda a malícia, inimigo de toda a justiça, não cessarás de perverter os retos caminhos do Senhor? 11 Pois, agora, eis aí está sobre ti a mão do Senhor, e ficarás cego, não vendo o sol por algum tempo. No mesmo instante, caiu sobre ele névoa e escuridade, e, andando à roda, procurava quem o guiasse pela mão. 12 Então, o procônsul, vendo o que sucedera, creu, maravilhado com a doutrina do Senhor.” (At 13:6-12 RA)
Sabemos que via de regra o posicionamento de um cristão diante das oposições, deve ser pacífico e até promotor de conciliação, contudo, precisamos entender que em determinados contextos será necessário adotarmos posturas mais firmes, enfáticas e contundentes.
Paulo, diante das posturas absurdas adotados por Elimas, um feiticeiro que tentava atrapalhar a evangelização de uma autoridade romana, precisou ser confrontador, para que o procônsul Sérgio Paulo não fosse impedido de ouvir a verdade que poderia salvar sua vida.
Na carta aos Gálatas, Paulo registrou que precisou confrontar Pedro, por adotar posturas incoerentes perante os cristãos gentios: “ ¶ Quando, porém, Cefas veio a Antioquia, resisti-lhe face a face, porque se tornara repreensível. 12 Com efeito, antes de chegarem alguns da parte de Tiago, comia com os gentios; quando, porém, chegaram, afastou-se e, por fim, veio a apartar-se, temendo os da circuncisão. 13 E também os demais judeus dissimularam com ele, a ponto de o próprio Barnabé ter-se deixado levar pela dissimulação deles. 14 Quando, porém, vi que não procediam corretamente segundo a verdade do evangelho, disse a Cefas, na presença de todos: se, sendo tu judeu, vives como gentio e não como judeu, por que obrigas os gentios a viverem como judeus?” (Gl 2:11-14 RA)
Precisamos pedir ao Senhor discernimento e coragem para tratar cada realidade dentro de sua especificidade, para que não sejamos passivos e nem ingênuos, pois existirão momentos que requererão mais energia e ênfase, para que o Evangelho seja protegido e vidas sejam libertas. Contudo, não podemos usar estes argumentos para justificar atitudes grosseiras e desrespeitosas, sem que haja reais motivos, pois se assim fizermos ficaremos sem o respaldo divino.
Como cristãos devemos ser pacificadores (“Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus.” Mt 5:9 RA) e tratar a todos como respeito e honra (“Tratai todos com honra, amai os irmãos, temei a Deus, honrai o rei.” 1Pe 2:17 RA).
Mas, se percebermos que alguém está se excedendo e colocando em risco, a verdade, a justiça, o correto, assim como o Evangelho e a evangelização, não podemos ignorar os direitos que temos como cidadãos e até como autoridades, pois, pela ausência de postura em tempo hábil, podemos permitir que absurdos sejam cometidos e depois não teremos como reverter os efeitos danosos.
Que o Senhor nos dê o discernimento e a coragem necessária, para procedermos adequadamente em prol do Rei e do reino, ainda que para isso precisemos dar "um tapa na mesa", confrontar as pessoas, exercer disciplina e proteger o que não pode ser quebrado, ou maculado por maus comportamentos.
- “Depois disto, desceu ele para Cafarnaum, com sua mãe, seus irmãos e seus discípulos; e ficaram ali não muitos dias. 13 Estando próxima a Páscoa dos judeus, subiu Jesus para Jerusalém. 14 E encontrou no templo os que vendiam bois, ovelhas e pombas e também os cambistas assentados; 15 tendo feito um azorrague de cordas, expulsou todos do templo, bem como as ovelhas e os bois, derramou pelo chão o dinheiro dos cambistas, virou as mesas 16 e disse aos que vendiam as pombas: Tirai daqui estas coisas; não façais da casa de meu Pai casa de negócio.” (Jo 2:12-16 RA)
- “Ora, estando eles gritando, arrojando de si as suas capas, atirando poeira para os ares, 24 ordenou o comandante que Paulo fosse recolhido à fortaleza e que, sob açoite, fosse interrogado para saber por que motivo assim clamavam contra ele. 25 Quando o estavam amarrando com correias, disse Paulo ao centurião presente: Ser-vos-á, porventura, lícito açoitar um cidadão romano, sem estar condenado? 26 Ouvindo isto, o centurião procurou o comandante e lhe disse: Que estás para fazer? Porque este homem é cidadão romano. 27 Vindo o comandante, perguntou a Paulo: Dize-me: és tu romano? Ele disse: Sou. 28 Respondeu-lhe o comandante: A mim me custou grande soma de dinheiro este título de cidadão. Disse Paulo: Pois eu o tenho por direito de nascimento. 29 Imediatamente, se afastaram os que estavam para o inquirir com açoites. O próprio comandante sentiu-se receoso quando soube que Paulo era romano, porque o mandara amarrar.” (At 22:23-29 RA)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.