7 de set. de 2025

Atos 15. Tema: As vezes a solução não é a ideal, mas, a possível.

  •   Alguns indivíduos que desceram da Judéia ensinavam aos irmãos: Se não vos circuncidardes segundo o costume de Moisés, não podeis ser salvos. 2  Tendo havido, da parte de Paulo e Barnabé, contenda e não pequena discussão com eles, resolveram que esses dois e alguns outros dentre eles subissem a Jerusalém, aos apóstolos e presbíteros, com respeito a esta questão.” (At 15:1-2 RA)
  • “Então, se reuniram os apóstolos e os presbíteros para examinar a questão.” (At 15:6 RA)
  •  Alguns dias depois, disse Paulo a Barnabé: Voltemos, agora, para visitar os irmãos por todas as cidades nas quais anunciamos a palavra do Senhor, para ver como passam. 37  E Barnabé queria levar também a João, chamado Marcos. 38  Mas Paulo não achava justo levarem aquele que se afastara desde a Panfília, não os acompanhando no trabalho. 39  Houve entre eles tal desavença, que vieram a separar-se. Então, Barnabé, levando consigo a Marcos, navegou para Chipre. 40  Mas Paulo, tendo escolhido a Silas, partiu encomendado pelos irmãos à graça do Senhor.” (At 15:36-40 RA)

          Todo conflito é desgastante é gera tensões espirituais, emocionais e físicas. Alguns chegam a níveis tão elevados que promovem rupturas de relacionamentos (separações, divórcios, divisões), violências e até mortes.

          Infelizmente, onde estão os seres humanos, potencialmente estão os conflitos, devido as diversas maneiras de crermos e sermos. Diante disso, é necessário que de forma madura venhamos buscar não a solução ideal, mas a que é possível.

          A Bíblia relata muitos conflitos, alguns de maiores e outros de menores proporções, uns dentro das pessoas, outros entre as pessoas, e todas essas informações podem nos ensinar muito, tanto em relação a como evitá-los, quanto administrá-los e até como deles nos recuperarmos.

          Atos 15 é um capítulo de conflitos, o primeiro relacionado aos cristãos gentios e judeus e o segundo entre dois apóstolos (Paulo e Barnabé). Cada um teve desfechos diferentes, pois o concílio de Jerusalém (primeiro da história do cristianismo) foi capaz de remediar as tensões e estabelecer maneiras para que os irmãos vivessem em respeito e o evangelho crescesse. Já o segundo, terminou em ruptura.

         O segundo conflito, foi o mais pesado, pois aconteceu entre dois líderes que outrora se ajudavam e trabalhavam juntos e terminou em separação, levando Paulo e Silas seguirem um rumo e Barnabé e João Marcos, seguirem outro, mas nos dois casos algo interessante aconteceu, o Evangelho se expandiu tanto para um lado quanto para o outro, pois apesar de nós, o Espírito Santo transforma maldições e bênçãos e gera o crescimento da igreja, fato este que não podemos usar como desculpas para nossas carnalidades.

          O Espírito Santo fez questão que os conflitos ocorridos fossem registrados para que possamos tirar algumas lições positivas e negativas, já que "o que foi será e o que aconteceu acontecerá". Contudo, sequelas ficam e se podemos diminuir os danos o melhor é agir com maturidade.             

          Vejamos algumas posturas que nos ajudarão lidar com conflitos e a como diminuir os prejuízos causados:

          1- Procure entrar em acordo, pois somar e multiplicar, normalmente são melhores que subtrair e dividir:

  • “Andarão dois juntos, se não houver entre eles acordo?” (Am 3:3 RA)
  • “Entra em acordo sem demora com o teu adversário, enquanto estás com ele a caminho, para que o adversário não te entregue ao juiz, o juiz, ao oficial de justiça, e sejas recolhido à prisão.” (Mt 5:25 RA)
          2- Busque ajuda de mediadores, pois, por estarem de fora, terão mais sobriedade e procurarão pacificar os ânimos, achando soluções  de forma mais respeitosa:
  • “Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus.” (Mt 5:9 RA)
  • “Então, se reuniram os apóstolos e os presbíteros para examinar a questão.” (At 15:6 RA)

          3- Se não der pra continuar, siga outro rumo, antes que a situação piore. Essa deve ser a última opção, mas não pode ser ignorada, pois o que está ruim pode piorar:

  • “Houve entre eles tal desavença, que vieram a separar-se. Então, Barnabé, levando consigo a Marcos, navegou para Chipre. 40  Mas Paulo, tendo escolhido a Silas, partiu encomendado pelos irmãos à graça do Senhor.” (At 15:39-40 RA) 

            4- Evite estar remoendo o assunto, falando com terceiros, tentando provar que está certo, pois certamente a situação só piorará:

  • “Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento.” (Fp 4:8 RA)

            Sabemos que o ideal é buscarmos a conciliação, a reconciliação, a harmonização, a permanência, para que continuemos juntos, mas, se devido à natureza pecaminosa, a irredutibilidade das partes, ao desenrolar dos fatos e a manutenção das crenças, não houver como permanecer juntos, é melhor que as partes sigam suas rotas, sem prejudicarem ainda mais umas as outros e nem muito menos o testemunho do Evangelho. É duro ter que admitir, mas, infelizmente, muitas vezes, foi, é e será assim.

            Lembremos contudo que o padrão bíblico é que, “O amor seja sem hipocrisia. Detestai o mal, apegando-vos ao bem. 10  Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros. 11  No zelo, não sejais remissos; sede fervorosos de espírito, servindo ao Senhor; 12  regozijai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, na oração, perseverantes; 13  compartilhai as necessidades dos santos; praticai a hospitalidade; 14  abençoai os que vos perseguem, abençoai e não amaldiçoeis. 15  Alegrai-vos com os que se alegram e chorai com os que choram. 16  Tende o mesmo sentimento uns para com os outros; em lugar de serdes orgulhosos, condescendei com o que é humilde; não sejais sábios aos vossos próprios olhos. 17  Não torneis a ninguém mal por mal; esforçai-vos por fazer o bem perante todos os homens; 18  se possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens; 19  não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira; porque está escrito: A mim me pertence a vingança; eu é que retribuirei, diz o Senhor. 20  Pelo contrário, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas vivas sobre a sua cabeça. 21  Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem.” (Rm 12:9-21 RA)

 

 

 

 

 

 

 

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