12 de out. de 2024

Cantares 2. Tema: Pertencimento gera saúde espiritual e emocional.

  •  “O meu amado é meu, e eu sou dele; ele apascenta o seu rebanho entre os lírios.” (Ct 2:16 RA)

           A sensação de pertencimento pode ser saudável e promotora de saúde, desde que em doses certas, visto que, sentir-se ligado, vinculado, aliançado com pessoas e projetos, geram sensações de segurança, cuidado, proteção, participação e pertencimento.

           Na relação conjugal e familiar, assim como na igreja e em outras instituições como clubes, escolas, projetos sociais, etc. sentir-se pertencente faz muito bem, visto que não fomos criados  para viver isolados, ou alheios a quem e ao que nos rodeia.

Lobos solitários, andorinhas dispersas, cristãos desigrejados, não conseguem ser e fazer o que poderiam, visto que “uma mão lava a outra e as duas lavam o corpo, que as sustém”.

A superficialidade nas relações, as poucas raízes, o viver em caqueiras, nos tornam fragilizados e sujeitos a ficarmos limitados em nossos afetos. “ Para vós outros, ó coríntios, abrem-se os nossos lábios, e alarga-se o nosso coração. 12  Não tendes limites em nós; mas estais limitados em vossos próprios afetos. 13  Ora, como justa retribuição (falo-vos como a filhos), dilatai-vos também vós.” (2Co 6:11-13 RA)

            A Sunamita sentia-se como sendo de Salomão e este sentia-se sendo  dela. Esta cumplicidade conjugal fazia bem a eles e ao relacionamento que desenvolviam, pois “... um homem sem ninguém, não tem filho nem irmã; contudo, não cessa de trabalhar, e seus olhos não se fartam de riquezas; e não diz: Para quem trabalho eu, se nego à minha alma os bens da vida? Também isto é vaidade e enfadonho trabalho. 9  Melhor é serem dois do que um, porque têm melhor paga do seu trabalho. 10  Porque se caírem, um levanta o companheiro; ai, porém, do que estiver só; pois, caindo, não haverá quem o levante. 11  Também, se dois dormirem juntos, eles se aquentarão; mas um só como se aquentará? 12  Se alguém quiser prevalecer contra um, os dois lhe resistirão; o cordão de três dobras não se rebenta com facilidade.” (Ec 4:7-12 RA)

            Você “pertence” a alguém? Alguém “pertence” a você? Não me refiro ao sentido de controle, manipulação, ciúmes, pois são realidades doentias e perniciosas, mas, ao estar aliançado, vinculado, envolvido.

            Em relação a Deus, ao Reino e a Igreja, você é um pertencente, ou um independente? Um filho ou um bastardo? Tem optado por viver em “seu mundinho”, ou relaciona-se com o mundo que está ao seu redor? Você tem estabelecido e desenvolvido relacionamentos saudáveis? Se sua opção é o isolamento então não estranhe se for esquecido ou ignorado, pois “se você não tem compromisso com ninguém, ninguém tem compromisso com você”.

 

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