“ Levou Esaú suas mulheres, e seus filhos, e suas filhas, e todas as
pessoas de sua casa, e seu rebanho, e todo o seu gado, e toda propriedade, tudo
que havia adquirido na terra de Canaã; e se foi para outra terra, apartando-se
de Jacó, seu irmão. 7 Porque os bens deles
eram muitos para habitarem juntos; e a terra de suas peregrinações não os podia
sustentar por causa do seu gado.” (Gn 36:6-7 RA)
Esaú e Jacó (Gen
36), Ló e Abraão ( Gen 13), foram personagens bíblicos que tiveram que se
separar por terem prosperado. Ao contrário do que muitos pensam, a prosperidade,
o conhecimento, a percepção e até as
riquezas, podem gerar quebra de relacionamentos entre pessoas que se davam bem,
por isso, precisamos ter cuidado com o crescimento e serenidade nos
comportamentos.
Vale ressaltar que
nos casos acima citados as pessoas não estavam com problemas interpessoais,
apenas precisavam seguir caminhos diferentes em paz, sem agressões, desrespeitos,
nem usurpações.
Sabemos que nem sempre
conseguimos permanecer juntos a todos que queremos, mas isso não significa que
tenhamos que nos separar deixando para trás mágoas, rancores e feridas.
Você acha que precisa seguir outros rumos na sua vida?
Tem certeza que as motivações e intenções são corretas? Digo isso, porque
algumas pessoas em momentos de crise pensaram em se apartar das outras e até
das comunidades que faziam parte, mas com o passar do tempo perceberam que a
solução não estava na separação e sim na crucificação do egoísmo, da altivez, da
soberba que contribuem para a união.
Caso chegue à conclusão perante Deus que está tomando a decisão certa, ou menos danosa, siga
os princípios bíblicos da gratidão, respeito, transparência, sinceridade e
partida pacífica, antes que surjam situações conflitantes que gerem desgastes e ferimentos mútuos. Mas, saiba que
todo rompimento gerará desgastes e dores que podem ser atenuadas ou agravadas, dependendo da maneira que aconteça.
No que se refere
a casamentos é necessário lembrar que Deus não aprova esta separação, logo não use este texto e nem desculpas egoísticas e fora da bíblia pra justificar separações e divórcios
conjugais, pois o divórcio não é vontade de Deus. Logo, procure a ajuda de Deus e de cristãos mais maduros para lhe
ajudarem a consertar seu relacionamento.
Nos demais casos, o ideal é que não haja ruturas, mas se for necessário havê-las, faça
isso de maneira correta, justa e piedosa, deixando boas lembranças e nunca
batendo a porta, pois pode ser que um dia precise voltar por ela.