Parece uma
loucura pensar nesta possibilidade, mas se ficarmos atentos perceberemos que isto acontece com mais frequência do que
pensamos. Nesta contra argumentação procuramos justificar comportamentos,
escolhas, ações e reações, usando raciocínios “bem elaborados”, com o propósito
de convencê-Lo a mudar de opinião, ou de nos entender. Tais procedimentos
tornar-se-ão tentativas frustradas de
aliviarmos nossa consciência e porão em risco nossa existência.
Quando tentamos
contra argumentar com Deus, esquecemos que Ele sabe tudo, está em todos os
lugares, vê tudo que acontece. Nestes momentos,
fazemos de conta que não sabemos que Ele nos conhece desde o ventre de
nossas mães , conhece todas as nossas motivações e intensões, sabe todos os
nossos comportamentos, sabe o fim desde o começo, e que quer nos conduzir ao verdadeiro bem,
além de nos livrar do mal.
Lendo a Bíblia
encontramos alguns casos de pessoas que quiseram contra argumentar com Deus,
convencê-Lo de que estava errado e que o
melhor a fazer era mudar de opinião. Vejamos três exemplos clássicos de
situações assim:
Moisés:
quis convencer Deus que por apresentar problemas físicos não era capacitado
para cumprir a Missão para a qual havia sido designado. “ Vem, agora, e eu te enviarei a Faraó, para que tires o meu povo,
os filhos de Israel, do Egito.” (Êxodo 3:10 RA) “ Então, disse Moisés a Deus:
Quem sou eu para ir a Faraó e tirar do Egito os filhos de Israel?” (Êxodo 3:11
RA)
Jeremias:
procurou convencer Deus de que sua pouca idade o inabilitava para fazer o que
Deus queria. “ A mim me veio, pois,
a palavra do SENHOR, dizendo: Antes que eu
te formasse no ventre materno, eu te conheci, e, antes que saísses da madre, te
consagrei, e te constituí profeta às nações.
Então, lhe disse eu: ah! SENHOR Deus! Eis que não sei falar, porque não
passo de uma criança. Mas o SENHOR me
disse: Não digas: Não passo de uma criança; porque a todos a quem eu te enviar
irás; e tudo quanto eu te mandar falarás.” (Jeremias 1:4-7 RA)
Pedro:
apresentou argumentos religiosos para convencer Deus quanto ao que deveria ou
não fazer. “ E ouviu-se uma voz
que se dirigia a ele: Levanta-te, Pedro! Mata e come. Mas Pedro replicou: De modo nenhum, Senhor!
Porque jamais comi coisa alguma comum e imunda.” (Atos 10:13-14 RA)
Ao lermos as
histórias acima citadas, ficamos surpresos e até dizemos “como estes irmãos
tentaram convencer Deus, que loucura?”, mas, é assim
que em muitos momentos também procedemos.
Todas as vezes que deixamos de obedecer
ao Senhor estamos contra argumentando com Ele, por entendermos que nossas
ideias são mais adequadas que as Dele. Tal procedimento é uma perda de tempo e
uma exposição desnecessária ao sofrimento. Uma verdade que não podemos esquecer
é que, o sucesso da nossa vida não está
em contra argumentarmos com Deus, mas em obedecê-Lo. Até mesmo quando não
entendemos o que Ele quer, e nem as Suas razões, a melhor escolha é a obediência. Que possamos desaprender a contra argumentar com Deus e aprender a seguir Seus argumentos custe o que custar,
pois no fim seremos abençoados.
Pr. Almy Alves Junior
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