23 de abr. de 2025

Daniel 4. Tema: Crescer sem se envaidecer, nos levará a permanecer.

  •  “Ao cabo de doze meses, passeando sobre o palácio real da cidade de Babilônia, falou o rei e disse: Não é esta a grande Babilônia que eu edifiquei para a casa real, com o meu grandioso poder e para glória da minha majestade? Falava ainda o rei quando desceu uma voz do céu: A ti se diz, ó rei Nabucodonosor: Já passou de ti o reino. Serás expulso de entre os homens, e a tua morada será com os animais do campo; e far-te-ão comer ervas como os bois, e passar-se-ão sete tempos por cima de ti, até que aprendas que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens e o dá a quem quer.” (Dn 4:29-32 RA)

           O sucesso, a riqueza, as conquistas, o reconhecimento, os aplausos, a notoriedade, as virtudes, as inteligências, são ambições humanas que nos tiram da inércia, do comodismo, do mesmismo. A princípio isso é bom, porem a natureza pecaminosa que existe dentro de nós pode transformar essas virtudes em defeitos e esse sucesso em fracasso.

           Por sermos pecadores, precisamos estar vigilantes e em oração, para que não entremos em tentação e venhamos a nos arruinar depois de tanto conquistar. As motivações para estudar, trabalhar, avançar, podem ser positivas e nos levar a atingirmos o que desejamos, contudo devemos nos manter sóbrios, pois a vaidade, o orgulho, a prepotência, são pecados capazes de se introduzir em nossa alma e servir de  “cascas de banana em um piso de porcelanato”, levando-nos a grandes e irreparáveis tombos e sequelas.

           Nabucodonosor veio a ser o homem mais poderoso dos seus dias e isso não é ruim, pois Deus o fez prosperar, contudo, o "poderoso rei" esqueceu que sua ascensão era uma concessão do Rei dos reis, por isso veio a afundar em um mar de lama e escuridão, pois largou a mão do Deus que o ergueu e apegou-se a vaidade que encheu seu coração, tornando-o semelhante a um animal que pastava nos campos.

           A experiência de Nabucodonosor nos ensina a ter cuidado com o orgulho e a vaidade gerados pelo sucesso e conquistas, pois  “Quanto maior o sucesso, maior pode ser a queda”. Nada nos torna mais vulneráveis do que as alturas, pois nos tornamos mais facilmente atingíveis pelos terríveis dardos inflamados do maligno.

É bom crescer, prosperar e conquistar, mas se não guardarmos o coração essas benesses podem nos arruinar, como já aconteceu com muitos, inclusive anjos.

“Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filho da alva! Como foste lançado por terra, tu que debilitavas as nações! Tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono e no monte da congregação me assentarei, nas extremidades do Norte; subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo. Contudo, serás precipitado para o reino dos mortos, no mais profundo do abismo.” (Is 14:12-15 RA)

“Tu eras querubim da guarda ungido, e te estabeleci; permanecias no monte santo de Deus, no brilho das pedras andavas. Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado até que se achou iniquidade em ti. Na multiplicação do teu comércio, se encheu o teu interior de violência, e pecaste; pelo que te lançarei, profanado, fora do monte de Deus e te farei perecer, ó querubim da guarda, em meio ao brilho das pedras. Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor; lancei-te por terra, diante dos reis te pus, para que te contemplem. Pela multidão das tuas iniquidades, pela injustiça do teu comércio, profanaste os teus santuários; eu, pois, fiz sair do meio de ti um fogo, que te consumiu, e te reduzi a cinzas sobre a terra, aos olhos de todos os que te contemplam.” (Ez 28:14-18 RA)

Até com nossa santificação devemos ter cuidado, pois pode nos separar de Deus, se passarmos a a pensar que somos melhores que os outros.

“Propôs também esta parábola a alguns que confiavam em si mesmos, por se considerarem justos, e desprezavam os outros: Dois homens subiram ao templo com o propósito de orar: um, fariseu, e o outro, publicano. O fariseu, posto em pé, orava de si para si mesmo, desta forma: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano; jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho. O publicano, estando em pé, longe, não ousava nem ainda levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, pecador! Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque todo o que se exalta será humilhado; mas o que se humilha será exaltado.” (Lc 18:9-14 RA)

Isso não significa que devamos ter medo de crescer, prosperar, nos santificar, etc., mas que, faz-se necessário estarmos atentos para que o orgulho, a vaidade, a prepotência, a jactância, a altivez de espírito, não sejam como joio que cresce junto ao trigo, pois isso nos arruinará.

Está tudo bem? Dê graças a Deus! Tem prosperado? Agradeça ao Senhor! Tem conquistado? Atribua a Ele, essas conquistas!! Afinal, longe Dele quem prosperará e permanecerá? Tudo de bom vem Dele e para Ele  deve voltar. Ele é a fonte, mas também o grande oceano, para onde todas as águas devem correr, "pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos, como alguns dos vossos poetas têm dito: Porque dele também somos geração.” (At 17:28 RA)

Não deixe que o  pecado em suas diversas formas venha lhe levar a perder tudo que com temor a Deus veio a conquistar!! Glorifique a Deus !! Exalte-O!! Testemunhe sempre afirmando: "Todas as minhas fontes são em Deus!!" A Ele seja a glória para sempre. Amém!!

Lembre-se:

  •  “Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação ou sombra de mudança.” (Tg 1:17 RA)

 

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