- “Eu, porém, tenho ouvido dizer de ti que podes dar interpretações e solucionar casos difíceis; agora, se puderes ler esta escritura e fazer-me saber a sua interpretação, serás vestido de púrpura, terás cadeia de ouro ao pescoço e serás o terceiro no meu reino. Então, respondeu Daniel e disse na presença do rei: Os teus presentes fiquem contigo, e dá os teus prêmios a outrem; todavia, lerei ao rei a escritura e lhe farei saber a interpretação.” (Dn 5:16-17 RA)
A maturidade nos proporciona
adquirir outros valores e princípios de vida, permitindo-nos rever conceitos, prioridades
e investimentos, pois percebemos que muito do que desejávamos, ou nos era oferecido,
não passava de “vaidade e correr atrás do vento”.
Quando o rei Belsazar oferece a Daniel
um vestido púrpura, um colar de ouro e posição política e social, o profeta
deixa bem claro que tais “honrarias e conquistas” não são do seu interesse,
revelando assim que seus conceitos e valores eram diferentes e diferenciados.
As recompensas ofertadas por
Belsazar com certeza representavam muito naqueles dias, mas para o profeta eram
de menor valia, pois era um homem maduro e sabia que nem tudo tem o valor que
as pessoas atribuem.
Você tem amadurecido, ou continua
correndo atrás do vento? Quais são seus maiores projetos de vida? Enriquecer?
Tornar-se famoso? Morar em “mansões”? Ter muito dinheiro? Ser poderoso? Essas
coisas passam e se desgastam. Que tal ter projetos eternos e com o Eterno?
Observe que desde moço, os valores e
projetos de Daniel eram diferentes, por isso marcou tantas gerações, mesmo
vivendo próximo a reis como Nabucodonosor, Belsazar, Dario e Ciro.
Veja o que desejavam alguns servos
de Deus, compare com seus sonhos e ambições e reflita se não está na hora de
valorizar o que realmente tem valor e abrir mão das escórias deste mundo.
Daniel até recebeu os presentes do
rei, mas isso não enchia seu coração, pois espera algo superior. “Então, mandou
Belsazar que vestissem Daniel de púrpura, e lhe pusessem cadeia de ouro ao
pescoço, e proclamassem que passaria a ser o terceiro no governo do seu reino.”
(Dn 5:29 RA)
Peça ao Senhor para lhe ajudar
a mudar e ressignificar pensamentos, projetos, desejos e a considerar o que é eterno mais importante do que é passageiro, o
que é divino mais do que é humano, pois assim procediam aqueles que priorizavam
Deus.
- Moisés: “Pela fé, Moisés, quando já homem
feito, recusou ser chamado filho da filha de Faraó, preferindo ser maltratado
junto com o povo de Deus a usufruir prazeres transitórios do pecado; porquanto
considerou o opróbrio de Cristo por maiores riquezas do que os tesouros do
Egito, porque contemplava o galardão.” (Hb 11:24-26 RA)
- Salomão: “Atentei para todas as obras que se fazem debaixo do sol, e eis que tudo era vaidade e correr atrás do vento.” (Ec 1:14 RA); “Considerei todas as obras que fizeram as minhas mãos, como também o trabalho que eu, com fadigas, havia feito; e eis que tudo era vaidade e correr atrás do vento, e nenhum proveito havia debaixo do sol.” (Ec 2:11 RA); “Pelo que aborreci a vida, pois me foi penosa a obra que se faz debaixo do sol; sim, tudo é vaidade e correr atrás do vento.” (Ec 2:17 RA)
- Maria: “Então, disse Maria: Aqui está a
serva do Senhor; que se cumpra em mim conforme a tua palavra. E o anjo se
ausentou dela.” (Lc 1:38 RA)
- Paulo: “Mas o que, para mim, era lucro,
isto considerei perda por causa de Cristo. Sim, deveras considero tudo como
perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor;
por amor do qual perdi todas as coisas e as considero como refugo, para ganhar
a Cristo e ser achado nele, não tendo justiça própria, que procede de lei,
senão a que é mediante a fé em Cristo, a justiça que procede de Deus, baseada
na fé; para o conhecer, e o poder da sua ressurreição, e a comunhão dos seus
sofrimentos, conformando-me com ele na sua morte; para, de algum modo, alcançar
a ressurreição dentre os mortos. Não que eu o tenha já recebido ou tenha já
obtido a perfeição; mas prossigo para conquistar aquilo para o que também fui
conquistado por Cristo Jesus. Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo
alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e
avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio
da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.” (Fp 3:7-14 RA)
- Jesus: “A seguir, Jesus lhes perguntou: Quando vos mandei sem bolsa, sem alforje e sem sandálias, faltou-vos, porventura, alguma coisa? Nada, disseram eles. Então, lhes disse: Agora, porém, quem tem bolsa, tome-a, como também o alforje; e o que não tem espada, venda a sua capa e compre uma. Pois vos digo que importa que se cumpra em mim o que está escrito: Ele foi contado com os malfeitores. Porque o que a mim se refere está sendo cumprido. Então, lhe disseram: Senhor, eis aqui duas espadas! Respondeu-lhes: Basta!” (Lc 22:35-38 RA)
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