16 de set. de 2020

2 Coríntios 11. Tema: Palco ou púlpito?

                 Simplicidade ou performance?  As vezes romantizamos e até ficamos alucinados com o que seria  o Evangelho. Pensamos que o compromisso  com o Senhor não nos custará um alto preço, mas tal compreensão é equivocada. Há lutas a serem travadas interna e externamente, por sermos comprometidos e  levarmos o Reino a sério.

                 Paulo, estava preocupado com a inocência dos Coríntios   quanto aos mestres do engano. Homens que se diziam apóstolos, mas de fato não eram, por não atenderem aos critérios para tal cargo. Estes "super apóstolos" não eram dos 12, e nem dos demais, que atendiam os critério bíblicos, como Barnabé (At 14:14) , Andrônico e Júnias (Rm 16:7). 

                 Os "super" tinham uma performance e uma postura  ministerial, que impressionavam  os cristãos imaturos, mas, não iludiam  o experiente Paulo, as mensagens tinham muito confete e confeito, porém pouca renúncia e dedicação a Jesus e a causa do Evangelho. 

                 Assim como os irmãos do primeiro século, precisamos ter cuidado com os performáticos atuais, que impressionam e pressionam a igreja a tomarem rumos nada bíblicos. O Evangelho é puro e simples. Sem parafernálias, sem palcos, sem confetes, sem impostação de voz, sem aplausos para os homens de Deus e com muitos aplausos para o Deus dos homens.

                  Não percamos de vista o real, o essencial, o transformacional, que diz: " Venha como estás, porém não permaneças como estás". Busquemos viver a pureza e a simplicidade  do Evangelho, que nos remete a parecer com Jesus e não com os pop-stars,  que se nos apresentam com o "novo" porém velho engano.

                  Seguir a Cristo é  tomar a cruz diariamente e ir pra o Gólgota, e não para os altares do ego, onde  as luzes da ribalta destacam os artistas da fé. Paulo, precisou alertar e confrontar os cristãos do primeiro século, e hoje, este mesmo texto, abre nossos olhos. Naqueles dias, muitos foram enganados pelo diabo e seus discípulos disfarçados de "anjos de luz". Hoje não é diferente. Esteja atento. Evangelho é cruz, renúncia, morte, ressurreição para nova vida, santidade, foco na eternidade, glorificação de Deus. O que passar disto, deve ser observado, julgado criteriosamente, denunciado e descartado em nome de Jesus. 

                   No palco, o homem é o centro. No púlpito, Cristo é o centro. No palco os sonhos do homem devem ser realizados, no púlpito os projetos de Deus devem ser acatados. No palco o homem é servido com águas, toalhas e comidas especiais, no púlpito a água e o pão da vida são servidos para saciar a alma cansada e desalentada pelo pecado e seus enganos. No palco o homem é aplaudido e fica iludido, no púlpito Deus é reverenciado e o homem quebrantado. No palco a glória é para o EU, no púlpito a glória é única e exclusivamente para DEUS.



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