O conhecimento da verdade é libertador, mas pode ser aprisionador, se não soubermos como utilizá-lo. Se por ele passamos a achar que somos melhores do que os outros, a ponto de agirmos egoisticamente, é sinal que o conhecimento que liberta nos aprisionou ao orgulho que nos escraviza e envaidece. O conhecimento pode gerar a soberba e esta nos fará cruéis e até debochados. O conhecimento pode gerar altivez de espírito, até mesmo em que se acha espiritual.
Tenhamos cuidado, pois o bisturi que opera um câncer pode contaminar um paciente se não for bem esterilizado. Não deixemos que o conhecimento nos leve a pecar contra aqueles que desconhecem. Usemos o conhecimento ungindo-o com o amor, pois assim, saberemos desfrutar dos benefícios da verdade, sem usá-la para levar alguém a tropeçar. O ideal conhecimento da verdade nos leva a pensar no outro e não apenas em nós. Crianças são egoístas, adultos devem ser altruístas.
O saber não deve nos levar a desconhecer os limites, as fragilidades, as debilidades dos outros. O conhecimento nos proporciona saber o que temos e podemos, mas o amor nos leva a saber renunciar ao que temos e podemos.
Por amor conheça, mas também reconheça. Saber renunciar é o nível mais elevado de conhecimento que a verdade pode proporcionar. Entenda quem não entende. Conheça, porém não desconheça. Não deixe que o conhecimento venha levá-lo a não amar. Seja livre pela verdade, porém não se deixe escravizar pela vaidade.
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