19 de mar. de 2022

Romanos 14. Tema: Represa estourada

 “Acolhei ao que é débil na fé, não, porém, para discutir opiniões. Um crê que de tudo pode comer, mas o débil come legumes; quem come não despreze o que não come; e o que não come não julgue o que come, porque Deus o acolheu.” (Rm 14:1-3 RA)

            A disputa através de palavras acontece desde que o homem caiu, pois desde então surgiram os debates, as acusações, as desculpas, os ataques e as defesas, tanto no campo das ideias, quanto verbalmente e até fisicamente.

            É bom percebermos que boa parte das vezes as agressões físicas sucedem as verbais, por uma das partes se sentir atingida e resolver ir as vias de fato, gerando pancadarias e até mortes.

             A igreja cristã em Roma também enfrentou situações difíceis devido as divergências de opiniões quanto a alimentos que poderiam ou não ser ingeridos por aqueles que eram seguidores de Jesus e isto estava gerando pecados, desagregação comunitária, quebra de comunhão, comprometendo desta forma a comunhão com Deus, a harmonia da igreja e o testemunho cristão.

             Diante destas realidades o apóstolo Paulo orienta os cristãos mais maduros a evitarem debates e julgamentos, para que os temas de  maior relevância não fossem comprometidos por aquilo que era de menor monta.

              Através desta orientação podemos entender que em algumas situações o melhor a fazer é evitar os debates, as disputas, o querer estar certo, para que a paz e a harmonia sejam mantidas. Isto não significa que devamos ser omissos ou passivos, mas que devemos ser seletivos.

              Será que compensa tratar certos assuntos quando as partes não querem se ouvir e não estão se respeitando? Será que vale a pena, comprometer a comunhão com Deus, o testemunho cristão e a unidade da igreja, da família, da empresa, da nação,  por assuntos como comidas, bebidas, cores, modelos, cheiros, dias, horas, enfim, gostos pessoais e periféricos etc.?

               Entendamos que nem sempre a questão é o certo ou o errado, mas os gostos que podem ser diferentes. Assim sendo, busque acolher ao invés de debater, até que as partes estejamos dispostas a “abrir mão da armas” e conversarem de forma madura e edificante.

               Se não dá pra  conversar, dialogar, ouvir e falar, o melhor a ser feito é evitar, pois “Como o abrir-se da represa, assim é o começo da contenda; desiste, pois, antes que haja rixas.” (Pv 17:14 RA)

 


 

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