Qual é a minha opinião sobre...

Vivemos em dias de muitos debates sobre temas morais e éticos, neste contexto de polêmicas, ânimos se exaltam, questões de ideias  assumem  caráter pessoal , e guerras começam a ser travadas das maneiras mais absurdas  possíveis, e como em todo embate belicoso inocentes terminam ficando feridos e morrendo, enquanto seus generais se protegem em suas fortalezas psicológicas.

 Algumas pessoas são soldados tão fiéis que se  tornam verdadeiros camicazes (pilotos suicidas), ou homens bomba,  falando  demais e/ou da maneira errada e terminam assumindo posturas excessivas, que destroem mais do que constroem. Em contrapartida, existem aqueles que preferem se omitir, ficando calados mais do que devem,  deixando de oferecer suas contribuições que tanto poderiam ajudar até mesmo a resolver os embates. ENTÃO O QUE FAZER?

Dentro deste contexto tão tenso, resolvi buscar na Palavra de Deus orientações para meu comportamento e sugiro à Comunidade Kerigma (Garanhuns) onde sirvo a Deus como pastor,  a refletir sobre minha proposta de procedimento e caso percebam que há coerência e bom senso, assumam comportamentos semelhantes.

Listarei abaixo,  alguns princípios que adotei para minha conduta diante dos temas polêmicos:

1.     Tenho dupla nacionalidade, sou cidadão do Reino dos céus por ser nova criatura  e  sou  cidadão deste mundo devido a minha natureza humana. Logo,  preciso discernir e conviver com estas realidades, sabendo porém que a cidadania celestial é preponderante; “ buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.” (Mateus 6:33)
2.     Minha fidelidade e obediência são devidas em primeiro lugar a Deus e não aos homens: “ Então, Pedro e os demais apóstolos afirmaram: Antes, importa obedecer a Deus do que aos homens.” (Atos 5:29);
3.      Como cristão sou  embaixador do Reino de Deus nesse mundo, logo   meu papel não é falar em meu nome, nem dar minhas opiniões, e sim representar e ensinar aquilo que o meu Rei pensa e quer. “ Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;” (Mateus 28:19)
4.     Estando  aqui como embaixador do Reino dos céus, devo representá-lo  com fidelidade e dignidade, convidando as pessoas a se reconciliarem com Deus  e não a detestarem-no, embora alguns venha a assumir esta postura; “ De sorte que somos embaixadores em nome de Cristo, como se Deus exortasse por nosso intermédio. Em nome de Cristo, pois, rogamos que vos reconcilieis com Deus.” (2 Coríntios 5:20)
5.      Para mim, as leis, os costumes e valores do Reino são os que devem reger minha vida e os da comunidade onde sirvo a Deus; “ Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste e de que foste inteirado, sabendo de quem o aprendeste  e que, desde a infância, sabes as sagradas letras, que podem tornar-te sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus.” (2 Timóteo 3:14-15)
6.     A constituição (carta Magna) do Reino de Deus é a Bíblia Sagrada, logo é minha fonte de consulta e minha base filosófica, teológica, ética, moral, etc. Desta feita, quaisquer outras fontes se tornam de menor valor; “ Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça,  a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.” (2 Timóteo 3:16-17)
7.      Todo embaixador tem um limite de ação  e devo manter-me dentro do mesmo, caso contrário,  estarei infringindo as leis que defendo; Alguns outros embaixadores(cristãos) podem ter recebido maiores limites que os meus, logo se responsabilizarão por seus atos e palavras; “ Porque não ultrapassamos os nossos limites como se não devêssemos chegar até vós, posto que já chegamos até vós com o evangelho de Cristo;” (2 Coríntios 10:14)
8.       Aqueles que desejarem tornarem-se cidadãos do Reino que represento,  precisam entender que as regras são claras e não estão postas em discussão, se quiser é assim, se não quiser não será aceito, ou ainda será expulso; “ Ora, as obras da carne são conhecidas e são: prostituição, impureza, lascívia,  idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções,  invejas, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam.  Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade,  mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei.  E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscências.  Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito.” (Gálatas 5:19-25)
9.      Devo apresentar os valores do Reino de Deus,  buscando influenciar as decisões do  reino deste mundo, porém não me convém contender, brigar, agredir ninguém. Devo apresentar a Palavra e deixar as pessoas livres. “ E repele as questões insensatas e absurdas, pois sabes que só engendram contendas.  Ora, é necessário que o servo do Senhor não viva a contender, e sim deve ser brando para com todos, apto para instruir, paciente,  disciplinando com mansidão os que se opõem, na expectativa de que Deus lhes conceda não só o arrependimento para conhecerem plenamente a verdade,  mas também o retorno à sensatez, livrando-se eles dos laços do diabo, tendo sido feitos cativos por ele para cumprirem a sua vontade.” (2 Timóteo 2:23-26)
10.    Meu maior modelo e referencial de posicionamento e esclarecimento deve ser o Senhor Jesus, pois o mesmo sendo Deus assumiu forma humana e lidou os todos os tipos que problemas que temos hoje, afinal  o Império Romano com todas as suas mazelas “governava”  grande parte do mundo, inclusive a Palestina onde Jesus nasce, cresceu, morreu e ressuscitou. “ Aquele que diz: Eu o conheço e não guarda os seus mandamentos é mentiroso, e nele não está a verdade.  Aquele, entretanto, que guarda a sua palavra, nele, verdadeiramente, tem sido aperfeiçoado o amor de Deus. Nisto sabemos que estamos nele:  aquele que diz que permanece nele, esse deve também andar assim como ele andou.” (1 João 2:4-6)
11.     Devo entender que as pessoas são escravas do pecado, mas também são livres para não quererem libertar-se dele; “ Dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me.  Pois quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; quem perder a vida por minha causa, esse a salvará.  Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se vier a perder-se ou a causar dano a si mesmo?  Porque qualquer que de mim e das minhas palavras se envergonhar, dele se envergonhará o Filho do Homem, quando vier na sua glória e na do Pai e dos santos anjos.” (Lucas 9:23-26 RA)
12.      Devo lutar e buscar proteger os indefesos, porém um erro não justifica o outro. Não é por que as pessoas estão fazendo coisas erradas que devo esquecer quem sou, de onde sou, e o que vim fazer; “ Respondeu Jesus: O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus ministros se empenhariam por mim, para que não fosse eu entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui.  Então, lhe disse Pilatos: Logo, tu és rei? Respondeu Jesus: Tu dizes que sou rei. Eu para isso nasci e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz.” (João 18:36-37 RA)
13.      Assim como os profetas do passado  meu papel é denunciar o erro do sistema deste mundo, apresentar as propostas  do Reino de Deus e deixar que as pessoas escolham o que querem fazer, sabendo das consequências de seus atos; “ Por causa da indignidade da sua cobiça, eu me indignei e feri o povo; escondi a face e indignei-me, mas, rebelde, seguiu ele o caminho da sua escolha.” (Isaías 57:17 RA)
14.    No final da História, todos compareceremos perante o Grande Trono Branco e seremos  julgados,  não pelas convenientes leis deste mundo, mas pela inalterável Lei de Deus, e cada um receberá o que for devido. “ Vi um grande trono branco e aquele que nele se assenta, de cuja presença fugiram a terra e o céu, e não se achou lugar para eles.  Vi também os mortos, os grandes e os pequenos, postos em pé diante do trono. Então, se abriram livros. Ainda outro livro, o Livro da Vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito nos livros.  Deu o mar os mortos que nele estavam. A morte e o além entregaram os mortos que neles havia. E foram julgados, um por um, segundo as suas obras.  Então, a morte e o inferno foram lançados para dentro do lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo.  E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo.” (Apocalipse 20:11-15 RA)

  

Confesso que não espero que você concorde comigo de imediato, além do mais, por que esta é uma postura minha. Contudo reflita e veja se há coerência e coesão com a Palavra de Deus como um todo. Caso você tenha opiniões diferentes,  entendo que é uma opção sua agir da maneira que compreenda ser correta, afinal, cada um de nós dará conta de si mesmo ao Senhor. Deus te abençoe!!!

Pr. Almy Alves Junior