Durante a vida tenho aprendido, a duras penas, que
existem alguns tipos de “amigos”, dentre os quais neste momento desejo destacar
dois: o amigo de quem sou e o amigo daquilo
que posso oferecer.
O primeiro tipo de amigo é aquele que mantém a relação de amizade comigo por aquilo que sou ou represento na sua história. É aquele indivíduo que mesmo longe está perto, independentemente
daquilo que eu tenha para oferecer, das opiniões que eu defenda, ou da condição
que defrute. Esta pessoa tem um laço de afetividade estabelecido por carinho,
respeito e consideração. Sempre que pode entra em contato
e renova o relacionamento. Para ele não importa se estou por cima ou por baixo
na roda da vida, ele é meu amigo.
O segundo tipo de “amigo” refere-se as pessoas que estão perto de mim por aquilo que
tenho e/ou posso oferecer. Este tipo de gente chega (telefona, visita, manda e-mail, etc.) quando descobre que de alguma maneira tenho como facilitar, ou melhorar sua vida. Logo, para
ele, o importante não é a minha pessoa e sim a função, o cargo, ou os recursos
que disponibilizo, quando estas possibilidades se esvaem, este “amigo” também desaparece.
Conheci a história de um gerente de um grande banco
que entrou em depressão após se aposentar. Enquanto estava na ativa sua casa
vivia lotada, os convites não deixavam de chegar, o telefone sempre estava a
tocar. Quando o mesmo se aposentou a casa deixou de ser frequentada, os
convites desapareceram e o telefone deixou de tocar. Por isso o indivíduo
quase pira e entrou em uma profunda tristeza, pois descobriu que poucos eram os
seus amigos e muitos eram os amigos do cargo que ocupava.
Esta história se repete dia-a-dia com muitas
pessoas, quem sabe até mesmo com você. Pode ser que você hoje esteja rodeado de
pessoas e pense que são suas amigas, não se engane, quando você deixar de estar
no lugar de destaque estas pessoas desaparecerão
como névoa ao amanhecer. Embora esta experiência
seja decepcionante, também é reveladora, pois nesta ocasião você descobrirá os verdadeiros e
fiéis amigos, pois continuarão a lhe dar
atenção. Observe estas pessoas, considere-as, e quando for possível recompense-as, pois são seus verdadeiros amigos.
“
Tendo partido dali, encontrou a Jonadabe, filho de Recabe, que lhe vinha ao
encontro; Jeú saudou-o e lhe perguntou: Tens tu sincero o coração para comigo,
como o meu o é para contigo? Respondeu Jonadabe: Tenho. Então, se tens, dá-me a
mão. Jonadabe deu-lhe a mão; e Jeú fê-lo subir consigo ao carro” (2 Reis 10:15
RA)
Pr. Almy Alves Junior
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