25 de jun. de 2013

Dois tipos de amigos




Durante a vida tenho aprendido, a duras penas, que existem alguns tipos de “amigos”, dentre os quais neste momento desejo destacar dois: o amigo de  quem sou  e  o amigo daquilo que posso oferecer.




O primeiro tipo de  amigo é aquele que mantém a relação  de amizade comigo por aquilo que  sou ou represento na sua história. É  aquele indivíduo que mesmo longe está perto, independentemente daquilo que eu tenha para oferecer, das opiniões que eu defenda, ou da condição que defrute. Esta pessoa tem um laço de afetividade estabelecido por carinho, respeito  e  consideração. Sempre que pode entra em contato e renova o relacionamento. Para ele não importa se estou por cima ou por baixo na roda da vida, ele é meu amigo.

O segundo tipo de “amigo”  refere-se  as  pessoas que estão perto de mim por aquilo que tenho e/ou posso oferecer. Este tipo de gente chega (telefona, visita,  manda e-mail, etc.) quando descobre  que de alguma maneira tenho como  facilitar, ou melhorar sua vida. Logo, para ele, o importante não é a minha pessoa e sim a função, o cargo, ou os recursos que disponibilizo, quando  estas  possibilidades se esvaem,  este “amigo” também desaparece.

Conheci a história de um gerente de um grande banco que entrou em depressão após se aposentar. Enquanto estava na ativa sua casa vivia lotada, os convites não deixavam de chegar, o telefone sempre estava a tocar. Quando o mesmo se aposentou a casa deixou de ser frequentada, os convites desapareceram  e  o  telefone deixou de tocar. Por isso o indivíduo quase pira e entrou em uma profunda tristeza, pois descobriu que poucos eram os seus amigos e muitos eram os amigos do cargo que ocupava.

Esta história se repete dia-a-dia com muitas pessoas, quem sabe até mesmo com você. Pode ser que você hoje esteja rodeado de pessoas e pense que são suas amigas, não se engane, quando você deixar de estar no lugar de destaque  estas pessoas desaparecerão como névoa ao amanhecer. Embora  esta experiência seja decepcionante, também é reveladora, pois  nesta ocasião você descobrirá os verdadeiros e fiéis amigos, pois  continuarão a lhe dar atenção. Observe estas pessoas,  considere-as,  e quando for possível recompense-as, pois  são seus  verdadeiros  amigos.

“ Tendo partido dali, encontrou a Jonadabe, filho de Recabe, que lhe vinha ao encontro; Jeú saudou-o e lhe perguntou: Tens tu sincero o coração para comigo, como o meu o é para contigo? Respondeu Jonadabe: Tenho. Então, se tens, dá-me a mão. Jonadabe deu-lhe a mão; e Jeú fê-lo subir consigo ao carro” (2 Reis 10:15 RA)

Pr. Almy Alves Junior



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