- “ E Saulo consentia na sua morte. Naquele dia, levantou-se grande perseguição contra a igreja em Jerusalém; e todos, exceto os apóstolos, foram dispersos pelas regiões da Judéia e Samaria. 2 Alguns homens piedosos sepultaram Estêvão e fizeram grande pranto sobre ele. 3 Saulo, porém, assolava a igreja, entrando pelas casas; e, arrastando homens e mulheres, encerrava-os no cárcere.” (At 8:1-3 RA)
O relato do martírio de Estevão é
chocante, principalmente pela maneira que aconteceu. Contudo, para algumas
pessoas foi um momento de glória, exultação e vitória, devido a maneira
pecaminosa como viam aquele homem. Mas, um detalhe que nos chama a atenção é
que havia um jovem presenciando o que acontecia e até serviu como suporte para
este ato tão brutal, o nome dele era Saulo.
- “ Mas Estêvão, cheio do Espírito Santo, fitou os olhos no céu e viu a glória de Deus e Jesus, que estava à sua direita, 56 e disse: Eis que vejo os céus abertos e o Filho do Homem, em pé à destra de Deus. 57 Eles, porém, clamando em alta voz, taparam os ouvidos e, unânimes, arremeteram contra ele. 58 E, lançando-o fora da cidade, o apedrejaram. As testemunhas deixaram suas vestes aos pés de um jovem chamado Saulo.” (At 7:55-58 RA)
Observando os detalhes, podemos
perceber a escalada do mal no coração daquele que posteriormente viria a ser um algoz (carrasco) dos cristãos. Saulo, a princípio serviu como guardador das roupas dos assassinos de
Estevão, depois passou a consentir (aprovar em seu coração e palavras) práticas danosas contra os cristãos, até
que passou a praticá-las.
- “ Saulo, respirando ainda ameaças e morte contra os discípulos do Senhor, dirigiu-se ao sumo sacerdote 2 e lhe pediu cartas para as sinagogas de Damasco, a fim de que, caso achasse alguns que eram do Caminho, assim homens como mulheres, os levasse presos para Jerusalém.” (At 9:1-2 RA)
A escalada do mal é progressiva nos
seres humanos. A princípio Saulo apenas deu suporte a quem fez o mal, sem
reprovar tal atitude. Em seguida, passou a concordar que havia uma
justificativa para o que estava acontecendo e por fim passou a praticar o mal
proposto.
Algo semelhante aconteceu com
Ananias e Safira, primeiro eles consentiram que o mal se instalasse em seus
corações, depois o praticaram e morreram
- “Entretanto, certo homem, chamado Ananias, com sua mulher Safira, vendeu uma propriedade, 2 mas, em acordo com sua mulher, reteve parte do preço e, levando o restante, depositou-o aos pés dos apóstolos. 3 Então, disse Pedro: Ananias, por que encheu Satanás teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo, reservando parte do valor do campo? 4 Conservando-o, porventura, não seria teu? E, vendido, não estaria em teu poder? Como, pois, assentaste no coração este desígnio? Não mentiste aos homens, mas a Deus. 5 Ouvindo estas palavras, Ananias caiu e expirou, sobrevindo grande temor a todos os ouvintes.” (At 5:1-5 RA)
Precisamos estar atentos com o
desenvolvimento da maldade na vida de Saulo e fazermos uma autoanálise, pois
corremos o risco de também sermos envolvidos pela serpente. O processo da prática do pecado normalmente
é o mesmo, primeiro não reprovamos, depois consentimos (concordamos) e por fim praticamos.
Não pensemos que os homens e mulheres
de Deus que caíram em tentações, foram tomados de súbito. O ato, ou o fato,
pode ter ocorrido em um momento específico, mas o mal foi se instalando aos
poucos. A semente foi plantada por satanás, as raízes foram crescendo escondidas nas terras dos corações, até
que a semente brotou e o pecado se concretizou.
Cuidado com o que você presencia sem
reprovar, pois em breve irá aprovar e justificar e por fim praticará. Vigiemo-nos
e até vigiemos uns aos outros, para que alertados pelo Espírito Santo e por
pessoas que nos amam, venhamos nos desviar do mal e reprovar as obras
infrutuosas da terra, para que não as pratiquemos futuramente.
- “E não sejais cúmplices nas obras infrutíferas das trevas; antes, porém, reprovai-as.” (Ef 5:11 RA)
- “Ouvi outra voz do céu, dizendo: Retirai-vos dela, povo meu, para não serdes cúmplices em seus pecados e para não participardes dos seus flagelos;” (Ap 18:4 RA)
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