17 de mai. de 2013

Consertar ou descartar?



Há alguns dias,  uma pessoa  comentou comigo sobre um grande contraste que há entre a geração dos nossos pais e a nossa, no que se refere  as  quebras  e defeitos  de  objetos. Nesta conversa a pessoa fez a seguinte observação: “ Na geração dos nossos  pais quando algo dava defeito,  logo se procurava uma maneira de consertar, reparar, corrigir o defeito, para que o objeto continua-se a ser usado, pois além de ser importante por aquilo que fazia, trazia consigo lembranças de como foi conseguido, ou através de quem  havia sido adquirido”. Em alguns casos, o apego a determinados objetos era tão grande, que  mesmo apresentando defeitos, ou estando quebrados,  eram conservados  e  até   guardados  em lugares especiais como cristaleiras, museus, cofres, etc.


       Já a nossa geração tem atitudes bem diferentes. Para nós, “ quebrou, trocou”. Estamos tão “ocupados”  e  temos tantas possibilidades de adquirir algo novo, que  não queremos gastar tempo, nem dinheiro consertando o que quebrou,  ainda que tenha sido conseguido com muita luta, esforço   e  em ocasiões  importantes.

A bem da verdade,  não podemos ignorar que nem todas as coisas tem o mesmo valor monetário  e estimativo, por isso,  não podem receber o mesmo tipo de atenção e investimento. Mas, é interessante refletirmos sobre o tema, para que  não descartemos  tudo, nem tão pouco, preservemos qualquer coisa. Precisamos atribuir e reconhecer  o valor de cada coisa e o que elas representam, antes de tomarmos a decisão de descartar ou consertar.

Para o próximo momento  quero deixar algumas perguntas:
·         Não estaríamos fazendo com as pessoas e Instituições,  o mesmo que temos feito com as coisas?
·         Como as pessoas se sentem ao serem descartadas?
·         A cultura do descarte alimenta o medo,  e por isso estimula  o  viver com máscaras e mentiras?
·         Como nos sentiremos quando formos descartados?
·         Quais os reais valores das pessoas e Instituições para nós?
·         Aonde vamos chegar  com esta postura do quebrou-descartou?


Até o próximo encontro!!
Pr. Almy Alves Junior


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