28 de mar. de 2013

O Evangelho é simples, somos nós quem o complicamos.


                          Quando examinamos a vida de Jesus, dos apóstolos e das primeiras igrejas cristãs,  podemos perceber a maneira simples como a fé cristã era vivenciada. O próprio Jesus vestia-se como as pessoas de sua época, comia as mesmas comidas, usava os mesmos meios de transporte (barcos, animais), utilizava palavras e histórias do cotidiano, participava das mesmas festas, enfim, vivia como uma pessoa da sua época, porém sem pecar ou comprometer a Sua missão.

A princípio as primeiras Igrejas cristãs viviam na simplicidade do Evangelho,  até que começaram a surgir as influências de outras religiões que queriam introduzir conceitos complexos, rituais  estranhos, rigores excessivos, formas de viver complicadas e assim passaram a gerar problemas nas comunidades que até então viviam bem, buscando “apenas” parecer com Jesus.

Para combater estes desvios  de ensino e conduta  que estavam surgindo na Igreja, encontramos os apóstolos, principalmente Paulo, batendo de frente com  indivíduos pervertedores e seus ensinos perturbadores. Como prova  desta postura Paulina de combate ao erro basta lermos suas cartas, principalmente as que foram direcionadas primariamente aos Gálatas  e  aos Colossenses. Nelas o apóstolo repreende e exorta os novos cristãos a terem cuidado, a evitarem e até combaterem práticas esquisitas e complexas, que misturam o cristianismo com as demais religiões da época, gerando uma caricatura de Cristo e não Sua imagem real, manifesta aos homens ( “ E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai.” João 1:14 RA).

Em nossos dias encontramos o sincretismo (fusão de doutrinas de várias origens religiosas), os modismos, os esquisitismos dentro das Igrejas, geando maneiras complicadas de ser e viver. Precisamos voltar à simplicidade de Jesus e do Evangelho, pois Ele é o poder de Deus.

No livro dos  Atos dos Apóstolos  encontramos o relato de que em Antioquia os seguidores de Jesus passaram a viver de uma maneira tão semelhante à Dele que foram intitulados de cristãos (pequenos cristos).Que tal buscarmos voltar a este padrão de vida? Que tal as Igrejas serem menos complicadas, sem tantas siglas, sem tantos jargões, sem tantas invenções  e modismos que só geram distorções, complicações  e  nos distanciam da essência do Evangelho.

Diz a Palavra de Deus: “ Mas receio que, assim como a serpente enganou a Eva com a sua astúcia, assim também seja corrompida a vossa mente e se aparte da simplicidade e pureza devidas a Cristo.” (2 Coríntios 11:3 RA). Não deixemos que estas distorções se implantem, cresçam e contaminem nossa vida, família e Igrejas que participamos. Busquemos estar alerta ao que Jesus nos ensinou: “ Eis que eu vos envio como ovelhas para o meio de lobos; sede, portanto, prudentes como as serpentes e símplices como as pombas.” (Mateus 10:16 RA)

Não nos deixemos levar por  propostas  “inovadoras”  do Evangelho, pois elas para nada mais servem a não ser causar  perturbações e divisões: “ Admira-me que estejais passando tão depressa daquele que vos chamou na graça de Cristo para outro evangelho,  o qual não é outro, senão que há alguns que vos perturbam e querem perverter o evangelho de Cristo.  Mas, ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema(maldito).  Assim, como já dissemos, e agora repito, se alguém vos prega evangelho que vá além daquele que recebestes, seja anátema(maldito).” (Gálatas 1:6-9 RA)

Nada pode substituir e/ou  causar os efeitos profundos e duradouros do simples e puro Evangelho de Jesus!!!

Pr. Almy Alves Junior





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