Quando examinamos a vida de Jesus, dos apóstolos e das primeiras
igrejas cristãs, podemos perceber a
maneira simples como a fé cristã era vivenciada. O próprio Jesus vestia-se como
as pessoas de sua época, comia as mesmas comidas, usava os mesmos meios de
transporte (barcos, animais), utilizava palavras e histórias do cotidiano,
participava das mesmas festas, enfim, vivia como uma pessoa da sua época, porém
sem pecar ou comprometer a Sua missão.
A princípio as primeiras Igrejas cristãs viviam na simplicidade do
Evangelho, até que começaram a surgir as
influências de outras religiões que queriam introduzir conceitos complexos,
rituais estranhos, rigores excessivos, formas
de viver complicadas e assim passaram a gerar problemas nas comunidades que até
então viviam bem, buscando “apenas” parecer com Jesus.
Para combater estes desvios de ensino e conduta que estavam surgindo na Igreja, encontramos os
apóstolos, principalmente Paulo, batendo de frente com indivíduos pervertedores e seus ensinos perturbadores.
Como prova desta postura Paulina de combate
ao erro basta lermos suas cartas, principalmente as que foram direcionadas
primariamente aos Gálatas e aos Colossenses. Nelas o apóstolo repreende e
exorta os novos cristãos a terem cuidado, a evitarem e até combaterem práticas esquisitas
e complexas, que misturam o cristianismo com as demais religiões da época,
gerando uma caricatura de Cristo e não Sua imagem real, manifesta aos homens ( “ E
o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos
a sua glória, glória como do unigênito do Pai.” João 1:14 RA).
Em nossos dias encontramos o sincretismo (fusão de doutrinas de
várias origens religiosas), os modismos, os esquisitismos dentro das Igrejas,
geando maneiras complicadas de ser e viver. Precisamos voltar à simplicidade de
Jesus e do Evangelho, pois Ele é o poder de Deus.
No livro dos Atos dos
Apóstolos encontramos o relato de que em
Antioquia os seguidores de Jesus passaram a viver de uma maneira tão semelhante
à Dele que foram intitulados de cristãos (pequenos cristos).Que tal buscarmos voltar a este padrão de
vida? Que tal as Igrejas serem menos complicadas, sem tantas siglas, sem
tantos jargões, sem tantas invenções e
modismos que só geram distorções, complicações e nos distanciam
da essência do Evangelho.
Diz a Palavra de Deus: “ Mas receio que, assim como a serpente
enganou a Eva com a sua astúcia, assim também seja corrompida a vossa mente
e se aparte da simplicidade e pureza devidas
a Cristo.” (2 Coríntios 11:3 RA). Não deixemos
que estas distorções se implantem, cresçam e contaminem nossa vida, família e Igrejas
que participamos. Busquemos estar alerta ao que Jesus nos ensinou: “ Eis que eu vos
envio como ovelhas para o meio de lobos; sede, portanto, prudentes como
as serpentes e símplices como as pombas.” (Mateus 10:16 RA)
Não nos deixemos levar por propostas “inovadoras” do Evangelho, pois elas para nada mais servem a
não ser causar perturbações e divisões: “
Admira-me que estejais passando tão depressa daquele que vos chamou na graça de
Cristo para outro evangelho, o
qual não é outro, senão que há alguns que vos perturbam e querem perverter o
evangelho de Cristo. Mas, ainda que
nós ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que vos
temos pregado, seja anátema(maldito).
Assim, como já dissemos, e agora repito, se alguém vos prega evangelho
que vá além daquele que recebestes, seja anátema(maldito).” (Gálatas
1:6-9 RA)
Nada pode substituir e/ou causar os efeitos profundos e duradouros do simples
e puro Evangelho de Jesus!!!
Pr. Almy Alves Junior
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