Segundo a ONU, um
terço da população do mundo vive na miséria ou extrema pobreza. Sabemos que por
trás desta situação existe muita corrupção, exploração e oportunismo de pessoas
e sistemas malignos que um dia prestarão
contas a Deus de tudo que fizeram, mantiveram e promoveram, contudo, para mim
existe algo pior do que o fato das pessoas serem pobres e miseráveis, acompanhe
a reflexão a seguir.
Entendo
que pior do que as pessoas serem pobres, limitadas e impossibilitadas de algo,
é encontrarmos indivíduos esclarecidos, conscientes do que é certo, contribuindo para que o estado de miséria perdure, sem que haja nenhum esboço de reação e busca por mudanças significativas e duradouras. As ações equivocadas, ou até mesmo a omissão, daqueles que deveriam ser formadores de novas opiniões, termina favorecendo a situação de calamidade e a permanência dos indivíduos e grupos em cativeiros emocionais, conceituais, sociais e espirituais, mantendo-se a mercê de pessoas mal intencionadas, que
as explorarão ainda mais.
Fico
impressionado com as palavras de alguns líderes (professores, pastores, padres,
pais, políticos, etc.) em relação as dificuldades de seus liderados, pois, ao invés
de ensinarem e estimularem mudanças, alimentam, nutrem, contribuem para a
manutenção e desenvolvimento da cultura da miséria, já que a miséria visível é apenas a manifestação da miséria invisível,
que está arraigada nos meandros da alma humana e da cultura de uma sociedade.
A
princípio a postura de “piedade dos coitadinhos” pode até parecer amor, mas na
verdade, apenas alimenta a ausência de
busca e crença na verdadeira
manifestação do amor de Deus apresentada nos Evangelhos, pois Jesus não apenas
dava comida, curava, expelia demônios, perdoava pecados, etc., mas também
ensinava princípios transformadores, dava exemplo de trabalho e mandava que as pessoas voltassem à vida
e à família,
como testemunhas do que Deus havia feito e poderia fazer nelas e através delas.
Precisamos
ser líderes(influenciadores) que
inspiram os liderados(pessoas que se deixam influenciar) a mudar de vida
e mudar a vida, através do
estudo, do trabalho, do empreendedorismo, da fé. Devemos estimular a luta por mudanças e conquistas,
devemos procurar meios que viabilizem as mudanças de atitude interior e
exterior, para não sermos alimentadores da cultura da desgraça, como se isto
fosse vontade de Deus.
Na
Bíblia encontramos pessoas que embora fizessem parte de pequenas famílias
(Gideão, Paulo) , apresentassem defeitos ou limitações físicas (Mefibosete,
Moisés) , fossem rejeitadas (Jefté,
José), tivessem suas vidas mudadas por palavras e oportunidades proporcionadas
por Deus e por seus enviados.
É
necessário estimularmos as pessoas verem além do óbvio, do lógico, do
comum. Se queremos o bem do povo, não
podemos deixá-lo entregue a miséria da alma, a mercê dos abutres sociais que
vivem do sofrimento e morte dos outros, mantendo
e multiplicando a postura de dependência, escravidão, exploração e conformismos.
Líderes cristãos, ajudemos
as pessoas, ensinando a verdade sobre o Deus de toda graça, que abençoa , resgata, restaura
e nos faz assentar entre os príncipes do Seu povo.
“ Quem
há semelhante ao SENHOR, nosso Deus, cujo trono está nas alturas, que se inclina para ver o que se passa no céu
e sobre a terra? Ele ergue do pó o
desvalido e do monturo, o necessitado,
para o assentar ao lado dos príncipes, sim, com os príncipes do seu
povo.” (Salmos 113:5-8 RA)
Pr.
Almy Alves Junior
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